
Ser Pai ou Mãe não vem com Manual de Instrução!
O jeito "certo" de educar os filhos é um dilema que dificilmente terá uma conclusão única. Portanto, como devemos nos posicionar ou nos analisar no papel de mães e pais?
Angelo Junqueira Guimarães
8/25/20252 min read


Educar um filho é uma das tarefas mais desafiadoras da vida. Diferente de um aparelho eletrônico, não existe um manual que indique como agir em cada situação. Isso muitas vezes gera insegurança e até culpa nos pais, que se cobram por não saberem exatamente o que fazer. A boa notícia é que a Análise do Comportamento pode trazer clareza e direcionamento nesse processo.
O papel do ambiente na educação:
Na visão analítico-comportamental, o comportamento de uma criança não acontece por acaso. Ele é moldado pelo ambiente e pelas consequências de cada ação.
- Se uma criança chora e o adulto cede, o choro se torna um comportamento eficaz para conseguir o que quer.
- Se a criança recebe atenção e elogio quando coopera ou respeita limites, esses comportamentos têm mais chance de se repetir.
Ou seja: a forma como os pais respondem influencia diretamente o desenvolvimento dos filhos.
Não existe “o jeito certo”:
Um dos grandes dilemas da parentalidade é a busca pelo “jeito certo” de educar. A Análise do Comportamento mostra que não há uma única fórmula.
O que existe são práticas que aumentam a probabilidade de gerar resultados mais saudáveis. Educar, portanto, é um processo de observação e ajuste contínuo: experimentar estratégias, analisar seus efeitos e adaptar o caminho.
Limites com afeto funcionam melhor:
Muitos pais acreditam que precisam escolher entre ser firmes ou ser afetuosos. A ciência do comportamento indica que os dois são fundamentais.
Limites claros: ajudam a criança a entender o que se espera dela.
Afeto e atenção positiva: funcionam como reforçadores, fortalecendo o vínculo e incentivando comportamentos desejados.
Quando firmeza e carinho andam juntos, a criança aprende com segurança e confiança.
O aprendizado também é dos pais:
Educar não é apenas ensinar a criança. É também um processo de autoconhecimento dos pais. Muitas vezes, o adulto reage mais pelo impulso do que pela reflexão. Reconhecer quais situações aumentam o estresse, a impaciência ou a tendência de ceder é um passo importante para criar respostas mais consistentes.
Conclusão:
Ser pai ou mãe não é seguir um manual pronto, mas sim construir uma relação de aprendizado mútuo.
A Análise do Comportamento nos lembra que:
✔️ Observar os comportamentos da criança.
✔️ Reforçar o que se deseja que se repita.
✔️ Estabelecer limites com clareza.
✔️ Oferecer afeto diariamente.
Essas práticas, quando somadas, tornam a jornada de educar menos sobre “acertar sempre” e mais sobre crescer junto com os filhos.